Tenho os sonhos do mundo,
E um desgosto tremendo,
Mais profundo do inculto,
Que desfaz meus desejos,
As ideologias me batem a porta,
Como as faces mortas no cotidiano,
Mas são passagens a lugar nenhum,
Iguais a escrita dum velho Sartre;
Barulho de passos que desacordam
Corroboram duvidas humanas,
Me vejo a insanas horas de demiurgico,
Deus do submundo,
A contar de horas...
Vivo a circundar leituras,
A discursar tessituras táteis,
Entretanto não é o material obra,
Não é o essencial palavras,
Que se Busca levantar totens,
Meu mundo é metafísico,
A altura do que o humano destoa,
A alma a quem quer parece,
E o mundano in dúbio soa,
Sufocado a absurdo patafísico,
Sem destino unânime cárcere,
É o insistir dos descaminhos,
Homem de centro conjectura,
Humano sem alma de mártir,
E lograr êxito sem destinos,
Todos temos para si, usura,
Do que lhe é visto alheio,
Há tantos mundos como falsidades,
E aos outros tarefa do meio;
A sujeição é idem as verdades.
(Cléber Seagal)
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