Ola!

"A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há oitenta anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar."(Schopenhauer)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Desejo



Notas diminutas interditas,
Na noite tão minúscula de um desejo tão grande,
Em um espaço que se faz dizer de exato constante...
Dorme sonho, dorme sentimento que na sombra prevalece,
Conforme a minha dor que esquece,
De tê-la desmedida, a busca da entrada, incita o Eu,
Vitima de uma saudade sem pudor,
Ela, entre vinte quatro horas;
Ponteiros, que entre segundos permeiam;
Esteve na minha angustia de sorvê-la. 
As escuras, eu rabisco flores em papel, 
As cores no céu boreal transmutam negrume,
Junto as mãos em receio conciso, e peço;
Que nossa razão esteja no amor que não cessa na morte.

(Cléber Seagal)

Onde estavas,



Quando na noite o universo infindava,
Entre nascer e morrer foste,
A eternidade em vagalumes no céu;
Estrela Dalva.
Onde estavas,
Que na filosofia de Platão a palavra criou vida,
Com toda a constatação,
Política e poesia, pensamento e compreensão.
Onde, oras, onde estavas,
Na obra construída do tempo,
A esfinge e pirâmides mistérios que me fascinam,
Inacreditável obra de subserviência.
Onde estavas,
Quando pregaram na cruz um inocente de escrúpulo,
Onde no amor a maldade se fez nulo, no Deus.
Onde estavas,
Quando incoerentemente se matava por ele,
Sem o observar de suas mãos, chagas e verdades.
Onde estavas,
Quando Monet pintou um laço em vida,
Colorindo os dias de certeza,
E a realidade na destreza dum pincel magnifico dum véu.
Onde estavas,
Partindo num trem,
Fugindo das guerras,
Eu era choroso encanto,
Sem entender o claustro das eras,
Quando te vi acenar um adeus.
Onde estavas,
Humanidade tão desumana,
Perdida na esquina ou em qualquer viandante,
Que no amor não fez sentimento, e desfez minhas esperanças...

(Cléber Seagal)