Hoje estou onde ninguém do
outro lado esteve e pode retornar,
Na beira do abismo, onde o
monstro de mim me notou,
Sob poços que de água
carecem,
E distancias que os pés
nunca chegam,
O horizonte é uma luz que
margeia;
Minha reza tão rotineira,
complacente consigo,
E eu impreciso na neblina do
tempo que se perde,
Mundo crivo: Estou
tremendamente entre a opinião faceira,
E a voz que incendeia
qualquer desilusão.
Mascaras que as pessoas
deixam sobressair,
Exílio de anormalidades;
Quebra cabeças,
Peças soltas,
Palavras devolutas e meus
pecados se vão à mão,
Até que chegue o outro
inferno dos outros,
Ah se não, é o mesmo!
(Cléber Seagal)