Nada muda meu desassossego,
Neste ônibus que estradeia
aglomerados,
Estes cinzentos sob
constructos,
Aqui a vida tão
impulsionante que artificializa tudo,
E os preceitos esmagam,
Como a mensagem de voz no
surdo,
Meus pés caminhantes,
Parecem barcos sem nau nem
previsto,
E a ideia do Cristo
dependurado,
Sob um parapeito de gentes é
mais um mal amado,
Que quando criança me fiz de
indagar ajoelhado,
Uma ânsia existencial.
Recolho-me em minha
insignificância,
Que o tempo se faz distante,
Um prelado meu sob marasmos,
Mas quem não ânsia o meio
dissocializa,
Vira esteiro da vida do
material.
(Cléber Seagal)
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