Ola!

"A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há oitenta anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar."(Schopenhauer)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Imaculada


Se existe algo em mim que te interessa,
Jaz um ensejo para te imacular,
Antes tivesse alguma importância o tempo,
Se era, é ou continua sendo uma saudade neste peito vazio,

As linhas que descrevo são réu confessos,
No doce de tua voz cativo o sentimento apertado que tenho,
E de dentro de mim vem aquele cantigo natural,
Lembra pássaros,  e a musica muda conforme a parte que me toca,

Caminha sobre auroras extenuantes,
E sobra a miúde meus sentimentos,
E mais inquietantes vivem em pensarem nisto,
Outra vez me persegue a confrontar-te meus segredos,

Queria aproveitar sempre deste sonho terminante,
Mas teus olhos, o que é a razão e a alma que me revela?
Bate a areia uma sereia que vinda do mar,
Uma ou duas vezes de rara, completa minha vida.

(Cléber Seagal)






A Queda das Horas

O relógio bate as sete, mas não vi horas...
A ideia da mocidade era plena e satisfatória,
No entanto eu sabia que a flor dos anos cairia como as pétalas de uma rosa.

Ainda que me fosse cativo beijar a razão;
Vida que me queira no respaldo ao abitar de minha carne.
O sopro do vento refresca as ideias,
Alheio ao infantil; o homem que caiu nas garras da felicidade...

Vindo de tão longe introspecto, cá estou eu,
A Lembrar-se do mar e das ondas, e ainda dos sonhos que não se realizaram,
Pois que vivem em mim, na maioria de minhas ideias maquiáveis,
Vivo a vida como única, pois minha vida está posta nas mãos de quem amo,

E o simples toque nas mãos me fez lembrar de quando crianças...
E de que nós só valemos enquanto aqui estamos...
Do mar que me traz a maré, que me traz a saudade de você...

O remédio do louco na sensatez de uma alucinação,
o que é a loucura entre normais?
O abrir da rosa no amanhecer de primavera,
E no céu a abobada tão clara que posso me ver nela,

Quem nunca nasceu para amar, aceitou a morte como candura,
Onde na ignorância o comum choro pela pétala retraída vem de um orvalho sepulcral.
Guardadas de magoas do ultimo verão a fim de ressecarem...
E mostrarem o mundo impuro que nos circunda.

Amor, eu queria ser cantante, mas os pássaros leram minha mente,
A me deixar ouvir coisas que antes não poderia. De saudades assim,
A chuva cai no inverno, enche o pote; ajuda, mas não salva.

(Cléber Seagal)