Quem consolará Raquel?
Deste gemido choro,
Deste quebramento insano,
Réprobo,
Quem aliviará seu cansaço,
De afago que um infante lhe nutriu,
Não há mais Ramá,
Mas há lágrimas em poço,
Sua voz de mãe se gastará,
Não, não se viu noites de escuro,
Enquanto estrelas explodiam,
E os muros desencantam,
Choram mães em surdo,
Porque há distancias entre Deus,
E os homens que despraticam ao léu,
Inconstâncias para voz que grita no deserto,
E a verdade divina humanizada é rara,
Morte a céu aberto,
Deus não está aqui, nunca esteve,
Nem na lança ou espadão,
Em armas que disparam,
Porque não na mão leve?
A matriarca não entende,
Nem Raquel deveria,
Pior o homem sobre o homem,
Sobrevive e desentende.
(Cléber Seagal)
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