Longe, entre continentes contingentes,
Quase que por engano,
Onde nos imaginamos,
Desperto deste desmundo,
Que hora nos mentem tanto,
O olhar, como de quem cuida,
O olhar no outro sob horas...
Minutos sem fala, Nem historias...
O mundo é pequeno criança,
De se desfazer,
O ler, de escrevinhador,
O ler neles observar da face,
Ver que há eternidade,
Mesmo sem tocar,
Ainda de se bem querer;
O corpo é marca encenada,
Reviravolta engendrada de cada,
Amante de cama e de vida,
Todo dia é alma de entrega severina,
Eu hoje, tu jás futuro,
Meu receio imaturo,
Visto que na vida as vezes há pranto,
Que se não cuido, me nudo,
Do que quero concretizado,
Há de ser, ipso facto,
dia após dia alvorecer,
Nos encontramos sem olhares,
Nos abraçaremos sem ares de desejarem ser,
Seremos só nós debruçados,
Longe, de um pensamento,
Um e outro sentimento mesmo,
Dentre nós que cremos,
O amor afaga e instaura,
Hoje me embriaga de transparecer.
(Cléber Seagal)
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