Tenho a
aridez dos antigos desertos,
E a
mudez dos montes airados,
Que sem
teu alento, me findo desvairado,
Mimético
seu, soo de tudo cético,
Meu
corpo consolado no vento,
Sou tão
inerte como teu,
E como
me consolo de enxertos,
Que
imitam teu abraço,
Um
lençol opaco e um pensar flácido,
Simulam
revoada de pássaros,
É o
tempo, espírito de ácido fausto,
Alimentando
ansejos, esperando leigo,
A
solução de tua chegada à custo,
Oh! sem
limite sobrevoam tua espera,
Eu
néscio de outra dor, ou privilegio,
Sirvo e
prossigo no espírito de um sóror,
Da tua
santidade na fala,
A tua
leveza que plaina sem pudor,
Ávido,
desço de joelhos,
Sob a
santa imagem em sala,
Que o
amor abotoou, dádiva,
Que me
nunca negou seus palácios,
És um
ímpeto dos desejos meus,
Todo dia
sem ti, é página virada,
Outra
coisa que falte é incomodo e modorra,
Para o
alheio conhecimento dos Céus,
Há
santidade na tua mirada.
(Cléber
Seagal)
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