Por que choras na noite doce pirilampo estrelado?
Na atmosfera de negrume consome-se,
Um espaço indivisível de olhar, infinito céu esperando,
Meu ver não cabe ainda o que está dalém dos cardinais,
Assim espero o improvável no fundo do sono,
Há um vácuo entre
planetas, sob signos vãos,
Teorias e cálculos que minha mente rarefaz,
Os astros movem-se e as pessoas param,
Na mesma velocidade da razão,
Teorias e cálculos que minha mente rarefaz,
Os astros movem-se e as pessoas param,
Na mesma velocidade da razão,
Nas galáxias que
desconheço estou no silencio,
Espremido em poeiras de
minha obstinação,
Haverão estrelas neste
sul que eu desconheça,
Como os sentimentos que
provam meu coração,
Tenho por um tempo a calmaria dos seres,
tenho um apreço pela lua que te avizinhas,
Num alto de luz e sobejo,
E na outra esquina, nem eu mesmo me vejo,
Paz eterna, obscurecer das noites certas,
Uma estrela apascenta a terra quando brilha,
Parece me enamorar, num cintilar corrente,
E a toda a toda Gaia vislumbra descrente,
As outras se espelham numa luz que não tenho ao todo,
Mas que nasce por todos os dias,
Quando tu também o vigias, as vezes vê a grosso modo,
Admirar, descrer-se das coisas imanentes,
Pergunto, de um espírito de revoada, translucido contente;
Porque choras num sereno remindo?
Eu aqui no teu espaço, meu espaço cadente,
Lirismo de tímido sofisma...
Sorrateiro eu te admiro numa altivez de universo,
Que soa límpido, na incerteza desta terra,
(Cléber Seagal)
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