De um amor perene em estado
e modus,
Declaração solene, beijo cálido
que sentes,
A dama desce feito véu nos
braços entes,
A lua vira mel, como o
adocicar dos olhares,
Fáceis toques das mãos, descem
em rosto ares,
Cheiros de respirar, tanto
querem satisfação,
Que como poderia alguém querer
e dizer não,
Esses passos que se vão e enfenecem,
Essa espera conta ritmo e decrescem,
Uma balada na noite
desguarnecida,
E o frio foste por assim tão
desmerecida,
É trágico tanto o que contam
destes seres,
Destes santos que se
coadunam e credes,
Se amam, se enlaçam tanto
como cisne,
Na primeva mudança do solstício
livre,
Verão de repente sobreposto de
inverno,
As lagrimas corridas muitas
de certo,
Separação constante dos acalorados
amantes,
Que o destino quis
desconstruir desde antes,
Era, pois Isolda amada de
Trisão,
Sem culpa tomaram sem querer
da poção,
Que o amor fez tudo deles corroborar,
Mas Marcos aguardava a mão o
desejar,
Deveria ser a donzela deste
para sempre,
Tristão só poderia de
aceitar condolente,
Os prantos que o revés triste
da historia dá,
Quiçá que eu observo demente
esperançoso cá,
Já estavas comprometida Isolda,
mesmos sem amar
Moça que merece assim alguém
querer tanto cuidar
Ah! herói de amores, o tempo
passa, mas como não,
Este sentimento de
comiseração persegue Tristão,
Meu amor, amor meu onde
foste perdida no tempo,
Que outra Isolda seria
amante tão benquista destempo,
-Eu ferido em lança por
mortal pontada espero lento,
-Que meu amor venha me
encontrar, num ultimo alento,
Não há mais horas certas e de
escapada,
Que a linda Isolda chega
tarde por estrada,
Quando chegas já o vê
desfalecido de certo,
De tristezas o amor dela
decai, de perto,
É de amor que soluças os
prantos e também,
Morrem abraçados de amor que
nunca mais tem,
Coração rompe-se igual faisão
na amostra,
Que o tempo trágico dos
amantes demonstra.
(Cléber Seagal)
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