Estava olhando a campina,
E na
campina vi total liberdade.
O balanço e
remanso pleno do vento,
A espera da
tarde.
Poderia eu
maquiar o que vês,
Sem as
imagens que ilusiono-me,
Meu amor,
minhas vistas são estas margens,
Sobremaneiramente
acode-me,
Táctil lembrança
só tua,
Nem vi mágica
tua de quereres,
Que
saudades me leve tanto,
O sol de
basilares sem sombras nem esgueiros...
Só a rama
silvestre e campins-santo.
Teus
cabelos são estas paragens,
Onde
brindam meus olhos conselheiros,
São de
negro torpor decaindo nos ombros,
É todo
amor, soltos para os pegar em mãos destarte;
Cabelos,
beleza e flor.
Espero a
passagem da tarde como quem espera,
Divina
lembrança tua, e a natureza assemelha teu corpo nu.
(Cléber Seagal)
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