O caminho que
estreito minha vida é minha sina,
Onde ando por
espinhos e matagais,
A vista escurece
aos poucos, e eu não deveria dizer,
Só que eu não sei
até onde chego,
Desço ao íngreme
mar de fogo que me arrefece,
Já me é tudo uma
noite,
No túnel sigo uma
luz que se vai longe,
Nunca chego, a
imagem se perde e eu me perco,
Desço ainda mais
ao ultimo sentido das existências,
Porque meus avós
se foram, meus pais o seguem,
Por que eu não não
passaria assim como muito,
Já foram uma
história mal contada,
Passei a maior
parte de minha vida assim;
Esperando algo que
finda, para nunca mais ter de esperar,
Fiz um pacto, não
com mefistófeles,
Segundo disse um
certo alemão,
Mas me vendi ao
tocável, nisto fui efêmero,
Se por malicia
inútil fujo do que peço,
Não me chores, nem
vele por mim um cântaro,
Porque escuto o
escuro e vejo o silencio,
No meu amadeirado
vejo ironias,
Ser guardado nalgo
que já foi vida,
E pelos seres
humanos cortados,
No fim, junto
comigo ser mais um convalescido,
Aqui não há
escolhas,
Oras! não tenho
mais direito no meu mal-dizer,
Nisso tive tudo em
vida sem pedir,
E no fim recebo
como dores aquilo que subtrai;
No mais, meu
espectro de vida tem me cobrado.
(Cléber Seagal)
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