Ola!

"A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há oitenta anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar."(Schopenhauer)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Entre a Cruz e a Espada



O telefone toca, mas não estava ali, sua cabeça passeava longe, seu coração também. Por que se preocupar com o irrelevante a sua felicidade... foi assim, foi o que sentiu. E os olhos tocaram de alarde a vestimenta dependurada.
O quarto arejado desde ontem, desde ante ontem, desde antes... Saltou da cama para enfrentar mais alguns dias, essas lutas que não eram suas, mas muitas em parte das demais, inegável fardo das vias.
Na pressa talvez sua inimiga, mas na introspecção talvez uma saída à única escapação deste asilo de loucos, de mundos, muitas vezes de arroubos despercebidos por dentro dele. Dos pesos que não cabiam as vestimentas inundavam a alma.
Tateou muitas vezes no uniforme verde musgo as siglas, as suas posturas céticas de uma profissão... Verdades verdadeiras... O que era correto? A verdade era uma inconveniência frente a suas mente, um gargalo provador do nada.
E já fechada a casa donde escorriam seus pensamentos, onde olhe confortava acreditar nesta fulgurante amostra de irrealidade sórdida, demente por vezes... muitas vezes provam dispor a ser de sua verdade inventada.
São agora passos pesados, e sozinho sai as cegas, a que se procurar no mundo cada dia que passa constata-se mais ainda não aparentar-se a esta vida; estranho e perdido de si, pois então apercebe-se que não é nada, se não os outros.
Por que chorar? Pelo futuro que queria ele chegar... pelas manhãs todas pouco alforriadas de seus medos, sua capela intima a tentar, à rasgar sua pele, suas meias verdades.
O mundo lá fora lhe esperava, e não, terminantemente não conhecia suas mortes diárias, e mais vidas se formam a agir conforme o fardo dalém do coração. Pestanejava e aguava o rosto como no espirito lavava; O sorriso do tempo da aprovação.

(Cléber Seagal)

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